Vinícius Puglia

Este é meu blog, aqui guardo muitos ensinamentos que foram bons pra mim, e creio que será bom pra quem ler também.

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11.2.08

Estar Em Cristo!

“Aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas se passaram, eis que tudo se fez novo”.
Como é maravilhoso e libertador saber disso!
Estar em Cristo significa ter a condição dEle, ou seja, nós temos a natureza dEle e somos tudo aquilo que Ele é. Saber disso é tão gostoso, porque a medida que você amadurece, você entende que nada vem de você, você enxerga que tudo de bom que há em você, não nasceu de você mesmo, mas veio dEle, de graça!
Estar em Cristo é a condição que o próprio Jesus conquistou e nos colocou, sim é isso mesmo, hoje somos filhos de Deus, essa é a condição que Jesus nos deu. E ser filho de Deus é algo maravilhoso,é muito mais do que só ter um titulo,é algo real, onde vivemos nessa condição no dia-a-dia, já que não somos mais os mesmos, mas sim filhos de Deus.
Quando conhecemos o Senhor e por Seu amor fomos alcançados, e então decidimos confessá-lo como Senhor e crermos que Deus O ressuscitou dentre os mortos, desse dia em diante recebemos uma nova natureza, nós nascemos de novo, não por vontade de homem algum, mas nascemos de Deus, e recebemos em nós a Sua natureza.
E isso significa muita coisa. Ah!Como seria maravilhoso se a igreja soubesse e vivesse de acordo com essa realidade.
Por exemplo, hoje nós somos santos em Cristo Jesus, e não precisamos mais lutar pra tentar alcançar isso, nós somos e pronto, devemos crer e viver conforme essa verdade. Você não deve tentar ser melhor pra seguir a Jesus, mas deve sim, primeiro conhecer a Jesus e então, e só então, a Verdade te libertará, e te levará naturalmente a andar nEle, em gratidão e amor, sem nenhuma tentativa de se aproximar dEle por meio da justiça própria., mas sim pela fé.
Em Cristo Jesus, não existe lugar para justiça própria, pois em Cristo tudo já está feito, o sacrifício foi perfeito, a redenção foi completa para todos aqueles que crêem nEle, e somente para esses,pois os demais andam pelo caminho largo da religião e, tentam se aproximar de Deus por seus próprios méritos e esforços.
A bíblia mostra que o justo vive pela fé, será que não conseguimos ver isso? Porque ainda tentamos nos aproximar de Deus com rituais e esforços que procedem da carne e que nada tem haver com o Espírito?Será que não está claro que Deus está à procura de adoradores que O adorem em espírito e em verdade?Porque temos a mania de nos apegar tanto ao que está exteriormente visível?
Não devemos viver por aquilo que se vê, e sim pelo que não se vê, e ai está toda a dificuldade na vida cristã, pois é muito mais fácil e cômodo acreditar e se apegar aquilo que se esta vendo. Por exemplo, quando você peca, é muito mais fácil você se condenar pelo pecado que você viu cometendo, e assim viver uma vida tentando se “concertar” com Deus por meio da justiça própria até você se “sentir melhor”, do que apenas crer que em Jesus você já esta perdoado pelos pecados que cometeu, que comete e que ainda vai cometer. Entenda bem, o sacrifício de Jesus foi perfeito meu irmão, não restou espaço pra nós tentarmos fazer alguma coisa, Jesus já fez tudo, Ele já agradou a Deus em nosso lugar, a gente só precisa saber o que já esta feito EM CRISTO e crer, por isso Deus disse: ”Esse povo perece por falta de entendimento”, percebe? Nós precisamos saber quem Deus é em nós, e o que somos nEle.
Hoje estamos em Cristo Jesus, nós temos a condição dele, se cremos nele, é claro!
Somos salvos porque estamos nele.
Somos filhos porque estamos nele.
Somos santos porque estamos nele.
Somos igreja porque estamos nele.
Somos tudo porque estamos nele e, por nada mais, tudo é graça e de graça!
E só somos nele, se cremos nele, se vivemos pela fé e não por obras, (não estou dizendo que não devemos fazer boas obras, mas quando estamos nele, as obras é resultado natural dessa nova vida que temos nele), e agora termino dizendo que só vive pela fé aquele que conhece a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus!

Vinão!

22.3.06

" O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa Fé. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus. " I jo 5

" Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo esse testemunho...
E este é o testemunho: Deus nos deus a vida eterna, e essa vida está em seu Filho.
Quem tem o Filho, tem a Vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a Vida. " I jo 5

" No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio...
Nele estava a Vida, e esta era a luz dos homens...
Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos Sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e verdade" Jo 1

5.10.05

Mateus 6-leitura
Jesus quase não falou de muitos temas que não saem de nossas conversas e preocupações. Por exemplo, o amor entre um homem e uma mulher não tem Nele um poema, uma fala, um discurso. E, acerca de sexo (outro campeão de audiência entre nós), Ele falou quando forçado pelas circunstâncias, ou em razão de questões de outros. Porém, por Ele, espontaneamente, tais temas não foram propostos. O mesmo não se pode dizer da “ansiedade”. A ela Jesus reserva significativo espaço no bojo de Seu ensino essencial: o Sermão do Monte. De fato, isoladamente, é o assunto tratado de modo mais ilustrado e longo em todo o sermão (Mt 5-7).E por quê?Ora, as razão são muitas. E, os básicos, logo a associam às dificuldades da existência em todos os tempos; e, os psicólogos, não resistem à tentação de associá-la ao mundo estressado no qual todos vivemos; tratando, assim, não da própria ansiedade, mas dos agentes contemporâneos de sua emulação.De fato, há muitas causas secundarias quando se pensa em ansiedade. No entanto, no curto espaço deste texto, quero apenas falar acerca de três causas essenciais.
1. A ansiedade como perversão do olhar prospectivo. De fato, só somos ansiosos porque fomos dotados da benção do olhar prospectivo. Fomos feitos capazes de olhar para o futuro mediante a imaginação, a lógica histórica, a acumulação de experiências, e, sobretudo, em razão da necessidade humana de pensar no dia de amanhã; onde, miticamente, estocamos o bem e o mal, dependendo de nosso estado de espírito. Todavia, como disse, a ansiedade é uma perversão de uma virtude: a benção do olhar prospectivo. Na realidade, a ansiedade é a esperança vivida como experiência do pecado de ser; o qual se manifesta como incapacidade de crer no cuidado de Deus, em razão de nosso descuidado para com Ele em amor. Assim, ansiedade é a expectativa de que no amanhã estaremos em perigo. O pecado perverteu todo olhar perspectivo e prospectivo.
2. A ansiedade como a esperança da Queda. Na realidade a ansiedade é a maligna manifestação da “esperança na Queda”. Num mundo onde o ser se sabe afastado de Deus, toda expectativa é sempre contra nós; e, sua forma existencial e psicológica de se fazer desesperança, é mediante a ansiedade.
3. A ansiedade como desconfiança de Deus. Quando Jesus enfatizou a ansiedade como problema, o que Ele diagnosticou como causa, foi a falta de confiança real no Deus real, no Deus que cuida, que é Pai, que está atento, que se dedica a ervas e pássaros, e, portanto, tem muito mais razão para cuidar da existência humana. E tudo quanto Jesus disse acerca da ansiedade, se faz concluir com um convite a entrega total à confiança no reino de Deus; ou no Deus que reina sobre a vida; especialmente sobre os detalhes mais sutis. Assim, Jesus mandou que a fonte da energia espiritual e vital de cada um de nós, se concentrasse apenas nas coisas que carregam o espírito do reino de Deus; pois, assim, seremos agidos por Deus; que é o que faz com que todas as coisas necessárias à vida nos sejam naturalmente acrescentadas. Onde há ansiedade; aí ainda não há a prevalência da confiança. Ou, então, aí se instalou “um vício de sentir contra nós”; o qual só pode ser vencido mediante a entrega em fé ao amor e aos cuidados misteriosos do Pai.
Nele,
Caio

Obra do Espírito

Venho meditando sobre o Espírito Santo, a Palavra e a Verdade, e quero compartilhar com você o que me empolga na grandeza do nosso Deus. Quando Jesus falou com os discípulos sobre a obra do Espírito Santo no coração daquele que crê, Ele disse: “Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará a toda a Verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele Me glorificará porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar” – João 16:13,14.
Grifei algumas palavras porque quero que você entenda não somente que o Espírito Santo faz algo, mas principalmente que você se conscientize de que Ele é uma pessoa e não uma energia em você. Observe também que Jesus O chamou de “o Espírito da Verdade”. A única pessoa que pode colocar você e eu na realidade da Verdade é o Espírito Santo – “o Espírito da Verdade”. Somente Ele tem condição de tomar a Palavra (escrito na sua Bíblia) e imprimir a Verdade dEla ou, como gosto de dizer: carimbar a Palavra, no seu coração de modo que, o que Deus diz se torna o fundamento da sua vida. E se você não sabe o que é a Verdade, observe o que o apóstolo João disse: “A graça e a Verdade vieram por meio de Jesus Cristo” - João 1:17.
Após a desobediência de Adão no Jardim do Éden, não havia Verdade na Terra como há agora nos dias do Evangelho. O Espírito Santo estava com os homens e alguns como Abel, Abraão, Moisés, Davi, os profetas etc, chegaram a conhecer a grandeza da salvação em Cristo, mas Jesus afirmou aos discípulos que o nosso caso é diferente: “O Pai vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” – João 14:16,17.
Observe como é importante para Deus que você e eu conheçamos a Verdade, pois Ele enviou a terceira pessoa da Santíssima Trindade para habitar em nós. Mas o que vem a ser ‘conhecer a Verdade’ ?
Na primeira citação acima, Jesus disse que o Espírito da Verdade receberá o que é de Jesus e no-lo anunciará. O que pode ser isso? Minhas meditações têm sido em torno de o que a Verdade faz em nossa vida de todo dia. O apóstolo João disse “O Verbo (Palavra criadora de Deus) Se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de Verdade e vimos a Sua glória (...) – João 1:14;
Jesus – o Verbo, Palavra criadora de Deus – veio para remover todos os efeitos da corrupção, para restaurar em nossa vida de todo dia o poder da Verdade – o poder criador da Palavra. Cabe ao Espírito Santo ouvir e receber a Palavra e anuncia-lA a nós de tal modo que a Palavra cria a condição eterna dEla em nossas vidas. E qual será o efeito prático da Palavra se você receber o que o Espírito da Verdade lhe diz – se você deixar que Ele ‘carimbe’ a Verdade de Deus no seu coração ? Observe o que disse o profeta Isaías: “Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos aplainados” - Isaías 40:4.
Essa é a glória de Jesus que vê, aquele que atenta para a Palavra que o Espírito da Verdade lhe anuncia no coração. Não há exceção, não há limite, não há coisa alguma que possa resistir quando você, permite que o Espírito Santo diga o que Ele ouviu no céu a seu respeito – é só vitória e paz e alegria no Espírito Santo. É assim que se vive no reino de Deus.
O Espírito Santo que habita em você deseja revelar-lhe os mistérios da sua salvação, não como uma filosofia ou idéia, mas tornando reais as mudanças no seu dia-a-dia, exatamente como disse na citação de Isaías. E isso acontecerá continuamente, na medida em que você procede segundo a afirmação do apóstolo Paulo: “Quem fala em outra língua, não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios” (1 Cor. 14:2). É dessa maneira que a Palavra criadora – Jesus, cria as novas condições do Evangelho em nós, através do Espírito Santo.
Verdade Viva

3.10.05


Quando você ouve, tudo muda

Provavelmente você tenha ouvido muitas vezes essa afirmação de Jesus: “Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as pratica...” (Lucas 6:47), mas será que você recorda por que o Mestre disse isso? Ele tinha feito uma pergunta: “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (v.46). Você sabe a resposta?
Eu acabo de ler o capítulo 4 do Evangelho segundo João e descobri a resposta: Não fazemos, porque não ouvimos. É o ‘ouvir’ que nos leva ao ‘praticar’: o viver a Palavra. Jesus não veio ao mundo para nos dar um bom exemplo de vida, Ele veio nos dar Vida, isto é, fazer com que vivamos de verdade. Para ´viver de verdade´ é preciso ouvir a Sua Palavra.
O Evangelho de João inicia-se assim: “No princípio era o Verbo”. O que é isso, “o Verbo”? Na classificação gramatical das palavras, certamente o mais importante é o verbo, a palavra que indica uma ação ou o que algo é ou está se tornando. Eu posso dizer ‘uma bela flor’, mas se eu disser: ‘tenho uma bela flor’, você tem uma idéia mais precisa da expressão, por causa da palavra ‘tenho’. Se, entretanto, eu lhe disser: ‘sou uma bela flor’, sua cabeça entra em confusão. As palavras de ação (verbos):´tenho´ e ´sou´ mudam totalmente o sentido da frase.
Falando de Jesus, o apóstolo João afirma:
“No princípio era o Verbo (Palavra de ação), e o Verbo (Palavra de ação) estava com Deus, e o Verbo (Palavra de ação) era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle (Palavra de ação), e sem Ele (Jesus, Palavra de ação), nada do que foi feito se fez. A Vida estava nEle (Jesus, Palavra de ação), e a Vida era a luz dos homens. . .” – João 1:1-4.
Observe primeiro que “a Vida estava (e está) nEle; a Palavra de ação”. Deus é Vida e somente cria vida. O “Verbo” mudou totalmente o relacionamento com Deus daquele que crê, porque Jesus é a Palavra em ação. Por isso Jesus veio ao mundo, para criar Vida na humanidade morta em ofensas e pecados (rebeldia de coração).
O apóstolo João disse: “Aquele que tem o Filho (Verbo) tem a Vida” (1 João 5:12). E isso significa que tem Vida para todo o sempre, na eternidade com Deus. Será que você é capaz de entender a grandeza de ter Vida com Deus e em Deus para sempre? De fato, quem tem o Filho tem tudo.
Mas como é que o Verbo (Palavra em ação) cria Vida para você agora e para todo o sempre? Simplesmente por você crer, aceitar de coração o que Ele diz. Isso é Vida, pois a Sua Palavra é a ação de Deus em você. Veja como isso funcionou para os samaritanos, no capítulo 4 do Evangelho segundo João. No verso 42, está a ‘chave’ para o entendimento:
“(Os samaritanos) disseram à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.
Preste atenção no que disseram: “temos ouvido e sabemos”. Por ´ouvir´, prestar atenção no que Jesus dizia, passaram a ´saber´: entraram numa nova condição. Se você ler atentamente como Jesus mudou a condição daquela mulher no poço, para ela ter Vida pela primeira vez (João 4:6-29), você entenderá que a Palavra em ação (Jesus, o Verbo vivo) cria Vida naquele que O ouve. A nossa parte é ´ouvir´ de verdade (aceitar no íntimo); pois a própria Palavra cria a Vida em nós, como criou no principio de tudo. Toda vez que você ´ouve´ você passa a ´saber´, isto é, a viver uma nova realidade. Por isso Jesus disse: “Por que me chama Senhor, Senhor e não faz o que mando?” Se Ele é seu Senhor de verdade, você vive o que Ele diz, ou seja, você vive na condição de Sua Palavra: você ´pratica´ a Palavra.
Antes, quando você não conhecia Jesus, você não tinha como viver, pois você estava morto em pecados, escravizado por Satanás. Você procurava melhorar as coisas, mas não tinha como. Agora, porém, a Palavra em ação chegou ao seu ´poço´ e, em virtude de você ter aceitado Jesus, você tem a condição de viver de verdade. Agora, você é livre para decidir como vive (para exercer o livre-arbítrio) e pode ´ouvir´ o que Deus diz no seu íntimo de modo que tudo seja mudado. Na medida em que você ´ouve´ de verdade, a Palavra cria a mudança em você e então você passa a ´saber´ (experimentar, praticar, viver) a condição de Vida em Jesus, que é ressurreição.
Irmão, você tem evidência do poder da Palavra de Deus em toda a natureza. Por que você não deixa que essa mesma Palavra crie a Vida de Deus em você?
Observe como um ´oficial com problema gravíssimo´, mudou a sua situação:
“Rogou-Lhe o oficial; Senhor, desce, antes que meu filho morra. Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e partiu. Já ele descia, quando os seus servos lhe vieram ao encontro, aunciando-lhe que o seu Filho vivia . . . “ – João 4:49-51.
Jesus disse: “Vai”, o homem “partiu”. Difícil? Não ! É assim, de maneira muito simples, que se pratica a Palavra. É assim que o Verbo vivo muda as situações em nossa vida. Você pode ´raciocinar a possibilidade´ se quiser, e você ficará na morte da sua situação, mas se você decidir ‘ouvir’, crer de verdade na Palavra, como fez o oficial, tudo mudará. Ouvir é passar a saber, é viver no poder da Palavra. Quando Deus diz algo no seu íntimo, a nova condição já é criada para você viver nela.
Ministério Verdade Viva

30.9.05

Das profundezes clamo a Ti, Senhor; ouve, Senhor, a minha voz! Estejam atentos os Teus ouvidos às minhas súplicas! Se tu, Soberano Senhor, registrasses os pecados, quem escaparia? Mas contigo está o perdão para que sejas temido. Espero no Senhor com todo o meu ser, e na Sua Palavra ponho a minha esperança. Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã! Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há amor leal e plena redenção. Ele próprio redimirá Israel de todas as suas culpas!
Salmo 130

29.9.05

Jesus nunca fez força para escrever nada em pedra, nem mesmo em tinta, e até quando se referiu ao Evangelho em relação às novas gerações, Ele disse: “Onde quer que esse evangelho for ‘contado’, isto será ‘lembrado’...” E disse: “Fazei isto em memória de mim”. E afirmou: “O Espírito vos fará ‘lembrar’ de tudo o que eu vos disse...”. Ele cria mais no “arder do coração” estimulado pela revelação Dele nas Escrituras, do que em qualquer estudo da Escritura que não faça “arder o coração” pelo caminho. Ele ensinou isto no caminho de Emaús. Os Seus primeiros discípulos não discutiam religião e nem coisa alguma acerca de Deus com Jesus. Não se vê um único apóstolo, durante o tempo em que com Ele estavam no caminho, que lhe tenha pedido alguma explicação especial acerca das Escrituras. E quando fazem a Ele alguma pergunta, sempre é do tipo: “Não dizem os anciãos...?; ou: “Dizem os fariseus...” No mais, todas as questões deles são sobre o mundo real ou as esperanças de todos. Eles não tinham nada mais para ver, saber, observar, e seguir para além de Jesus. Somente tempos depois da Ascensão de Jesus aos céus, e, pela necessidade de responder aos Judeus acerca de sua fé, é que usaram as Escrituras para afirmar que Jesus era o Cristo. E, ao fazerem-no, certamente apenas se lembravam de tudo aquilo que Jesus mesmo lhes expusera no caminho, ou enquanto comiam e bebiam com Ele, mostrando tudo o que a Seu respeito contava em todas as Escrituras. E isto aconteceu apenas depois que Ele ressuscitou de entre os mortos. Não antes!Assim, os discípulos originais de Jesus não o enxergavam a partir das Escrituras, mas justamente o contrário: eles liam agora as Escrituras a partir de Jesus. Ou seja: enquanto andavam com Ele, apenas o ouviam, viam e tocavam, conforme João afirma em sua primeira epístola. E, além disso, o próprio Jesus os ensinou que primeiro tem-se que conhecer o Evangelho, que é Cristo Jesus; e, só então, as Escrituras poderão ser lidas sem fazer mal a alma. Sim, pois os fariseus e outros, as liam todos os dias, a partir dela própria; e, por isto, não a viram cumprir-se em Jesus, bem diante dos olhos deles. Por isto, somente os não “pré-condicionados” pelas interpretações das Escrituras conforme a religião judaica, parecem ter tido menos dificuldade em Nele ter fé; mais fé do que qualquer cidadão de Israel, como o Centurião ou a Siro-Fenícia. No entanto, quando não se tem tal entendimento, lê-se o Evangelho a partir das Escrituras como um todo; e, assim, Jesus fica dentro da camisa de força da Escritura, especialmente porque muito da Escritura, era “sombra do que haveria de vir” — e veio, em Jesus! Além disso, há ainda uma outra parte da Escrituras que já foi declarada como “obsoleta”, e como algo que “caiu em desuso”, conforme Paulo — que usa até termos mais fortes, ao dizer que tais coisas da carne e da justiça-própria, “morreram” —; e isso também de acordo com o escritor de Hebreus. “Tais coisas eram ‘sombra’ do que haveria de vir” — é o que se diz. No entanto, quando se lê o Evangelho a partir desse ‘todo da Escritura’, toda essa “sombra”, continua vigente, e todas as coisas feitas “defuntas” no Evangelho e na Cruz, levantam-se de entre os mortos a fim de atormentarem as almas “cristãs”. Portanto, durante muito tempo, os discípulos seguiam assim... apenas olhando para Jesus; e, depois, apenas lembrando e vivendo conforme o ensino de vida de Jesus. Desse modo, o Evangelho ia de história em história, de testemunho em testemunho, e de muita revelação do significado do Evangelho para a pacificação do ser. Mas quando as filosofias gregas se tornaram o método de leitura da Escritura, já tendo havido a prevalência do espírito de um híbrido cristão nascido em Jerusalém, e que era o casamento de Tiago com os sacerdotes judeus que se haviam convertido à fé, mas não haviam abandonado os “ritos antigos” — as sombras —; criou-se a oportunidade histórica para se fazer a maior subversão que já foi feita à fé genuína conforme o Evangelho. E que subversão foi essa? Ora, o sacerdotalismo cristão de Jerusalém estabeleceu a prioridade de se ler Jesus a partir das Escrituras, e, os doutores da Igreja, que já haviam sido cooptados pelo método grego-aristotélico, encarregaram-se de “construir um Jesus” que tem mais “da sombra” do que de Jesus. Ou seja: de Deus Encarnado em Cristo Jesus. Assim, os doutores agora já da “igreja”, crentes que o método grego era uma mediação útil a leitura das Escrituras, e, como conseqüência, ensejando a possibilidade de se sistematizar a Verdade como algo “científico”, partiram para “ler Deus” a partir do todo da Escritura; ao invés de apenas crerem no que Jesus dissera: “Quem me vê a mim, vê o Pai”. A subversão mais perversa e sutil foi essa: Jesus deixou de ser a chave hermenêutica para a leitura e entendimento do espírito da Escritura; e a Escritura passou a ser o “ambiente regulamentar” das liberdades dos movimentos de Jesus; e, sobretudo, dos crentes. Ou seja: Jesus se tornou, gradualmente, menos importante do que a “Sombra”. Posto que boa parte da produção da “igreja” — ou toda ela —, do ponto de vista da ciência teológica, é algo construído tendo Jesus como Salvador, e a Sombra como agente santificador.A Sombra virou a Moral da “Igreja”! E sua neurose também! Ora, tudo isto parece sem importância. Porém, é isso que o diabo deseja manter como ortodoxia para a “igreja”. Pois, enquanto for assim, o povo permanecerá sob “o peso de obras mortas”; visto que “o sacrifício de bodes e de touros” psicológicos, não são suficientes para fazer remissão definitiva dos pecados. E digo isto porque o que resultou dessa perversão foi a volta existencial à “Sombra”, visto que onde a “Sombra” é valorizada, Aquele que é a realização de “tudo quanto haveria de vir”, Jesus, passa a ser apenas o triunfo da Sombra; posto que agora Ele apenas dá nome àquilo que Ele mesmo morreu para matar definitivamente para todos os homens. Outro sério problema de ler Jesus a partir da Escritura, e não o contrário, é que é impossível haver unidade no Espírito no vinculo da paz. E por quê? Ora, é que ler a Escritura a partir de Jesus, nos faz todos ver a mesma coisa inequívoca: Jesus, conforme os evangelhos. Todavia, olhar para Jesus a partir das Escrituras, faz Jesus ter tantas faces quantas “montagens teológicas e doutrinárias” se conseguir dogmatizar ou sistematizar. E eu lhe garanto: a partir da Escritura como um todo, e usando o método grego de dogmatização, sistematização, e lógica; pode-se construir, literal e infinitamente, qualquer coisa, qualquer Deus, qualquer Cristo, qualquer Jesus, qualquer idolo. E a prova definitiva do que digo é a própria História de Confusão do Cristianismo!E a razão é apenas esta: a “igreja” o vê a partir das doutrinas criadas nas Escrituras, razão pela qual Ele não tem mais face única para os Seus discípulos.Sim, Jesus ficou preso na cadeia da hermenêutica, refém de doutrinas, e encastelado no edifício teológico do híbrido judaico-cristão-grego-aristotélico.Ora, isto faz com que aquilo que deveria ser o Corpo de Cristo, vivendo em amor e unidade, surja como uma Besta de muitas caras e chifres, e que vive e se alimenta de ódio e dês-afinidade fraterna.Nele, em Quem me sinto autorizado a dizer o que digo,Caio